
Ele chegou a essa conclusão, observando que um instrumento musical, se estiver com as cordas frouxas, não consegue tocar...mas se elas forem apertadas demais, irão arrebentar...
É muito interessante notar, como esse ensinamento do Budismo encontra ressonância no conhecimento ocidental.
Na filosofia aristotélica por exemplo. O conceito de virtude é baseado no equilíbrio, ou seja, a virtude está sempre no justo meio entre dois vícios antagônicos.
Assim a perseverança, por exemplo, fica entre os extremos da obstinação e da desistência.
Mas o maior paralelo que podemos notar, está nos próprios ensinamentos judaico-cristãos, onde é ensinada a máxima : Amar ao próximo como a si mesmo.
Observem que o Mestre não pediu que ninguém amasse ao próximo mais do que a si mesmo. Isso cairia no campo da obstinação, teimosia e da radicalidade.
O que demonstraria uma grande falta de amor por si mesmo.
Inclusive, é muito comum vermos pessoas, que se dedicam em extremo à caridade, mas no entanto não conseguem se dar bem, nem mesmo com seus parentes mais próximos.
Conheci um líder espiritualista, que pregava o amor ao próximo, mas apesar de construir muitos asilos e orfanatos, não foi capaz de amar a sua própria esposa e filhos, terminando por se separar da família. O homem acabou sozinho, sem entender onde foi que falhou...
O mandamento pede que com a mesma medida que amamos a nós mesmos, amemos também aos nossos semelhantes. Fácil de dizer, mas não tão fácil de praticar.
O segredo para quem quer tentar essa conquista é simples: siga o caminho do meio...
Viva com equilíbrio.
Viver com equilíbrio, é ser flexível sem perder a direção.
É o contrário do radical, que firma o pé numa posição, mas não tem foco nem direção. Uma hora olha para a esquerda, amando o próximo mais do que a si mesmo, e outra hora olha para a direita, brigando com seus entes queridos em vez de amá-los e compreendê-los.
O equilíbrio é o caminho do meio.
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